Na última aula da turma 8ª série do curso PACTO do Grupo Primavera, o Professor Hamed Mauch Bittar trabalhou a História da Ditadura no país de forma prática em sala. “Eu fico com as visões do professor Leandro Karnal da Unicamp que insiste, acertadamente, ao menos em minha opinião, que não existe nada mais prático do que a História. Sem contar que existe uma grande diferença no imaginário do aluno quando mostramos na prática os assuntos que abordamos em sala, pois ficam mais palpáveis, menos subjetivos e, quem sabe, estimular nossos alunos a encarar a realidade da tortura como algo impensável como a que ocorreu durante o governo militar, mas para nos sensibilizarmos quanto aos perigos de cometermos essas atrocidades de outra forma com o nosso próximo – seja em uma fala preconceituosa ou até em uma difamação.”, diz o professor.
Tivemos uma contribuição excelente de nossa coordenadora que também é professora de História, que explanou de forma singular que necessitamos tomar muito cuidado para não sermos torturadores de nossos pares em atitudes que podem ser encaradas como uma simples ofensa ou um simples xingamento, pois podemos estar cometendo uma tortura tão ou mais terrível do que as cometidas no governo militar, avalia Paola Zeppini.
Segundo o professor, a aula não teve por objetivo criar um espírito de revanchismo contra o Exército Brasileiro, “que aliás é uma das instituições de maior credibilidade de nosso país diante de tanta corrupção que observamos na política e, sim, mostrar um momento equivocado de nossa força contra nossos próprios pares”, conclui.
Para finalizar a aula, os alunos assistiram o filme brasileiro “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton, baseado no livro homônimo de Frei Betto, que conta a história de resistência dos frades dominicanos em São Paulo nos fins dos anos 60.