A psicóloga Débora Bicudo Faria, coordenadora do projeto psico-pedagógico.

Sob a coordenação da psicóloga Débora Bicudo Faria, três voluntárias dessa área e quatro alunos do último ano de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas iniciaram em março um amplo projeto psico-pedagógico no Grupo Primavera. O objetivo dessa equipe é atuar junto às meninas, familiares e educadores da ONG, oferecendo um espaço contínuo para que falem de seus anseios, medos e dificuldades, de forma a promover cada vez mais um melhor resultado na formação dessas crianças e jovens entre 8 e 18 anos atendidas pela instituição.

“Além de fortalecer as meninas atendidas pela ONG, que podem falar de suas angústias e até sobre sexualidade nesses grupos de atendimento diferenciados por faixa etária, queremos trabalhar junto às famílias delas para que todo o empenho da Psicologia dentro do GP tenha efeito fora dele também”, observa Ruth de Oliveira, diretora pedagógica da ONG.

Segundo Débora, o trabalho de Psicologia no Grupo Primavera já existe há três anos, mas agora foi ampliado para ser aplicado de forma contínua e até preventiva na área de formação. “Esse trabalho já existia de forma menos articulada quando eu entrei na ONG, há três anos. Nessa época, eu era funcionária de Psicologia contratada pela instituição e, diante da ampla demanda de atendimento na área de formação das meninas, fizemos a parceria de estágio para os alunos da PUC, que é obrigatório e dura até novembro, como parte da disciplina Educação Não-Formal para Adolescentes, ministrada por uma professora dessa universidade, a Silvana Brandão. Hoje, sou prestadora de serviço do GP e coordeno esse projeto que envolve alunos e voluntários. Desses últimos, dois são ex-estagiários que gostaram tanto do GP que decidiram continuar trabalhando na ONG dessa forma”, observa a psicóloga.

Débora diz que, apesar de recente, esse projeto já traz bons resultados no Grupo Primavera. “Os próprios estagiários têm conseguido dar conta de determinadas situações que vivenciam nos grupos que atendem. E os educadores nos passam suas queixas ou dificuldades e ainda questões vistas em sala de aula para que possamos auxiliá-los junto às meninas que apresentam algum problema, que deve ser resolvido em um trabalho psico-pedagógico conjunto.”